sábado, 20 de janeiro de 2018

SINCERAMENTE, NÃO ME IMPORTO COM VOCÊ



Cecília era uma ruiva linda, cheinha de sardas e seus cabelos enormes e vermelhos tinham cachos bem definidos, jovem e bela fazia parte da turminha da rua onde morava, porem quase que diariamente, Cecilia tinha problema com as amigas, pois só saía de casa após uma longa sessão de cacheamento de seus cabelos. A menina tinha uma obsessão por cachear uma a uma suas madeixas; as amigas reclamavam, pois cecília sempre as atrasava com aquele hábito capilar. Com o tempo, as meninas foram se afastando, pois a maioria não gostava de esperar pela bela ruivinha, até que Cecília passou a chegar atrasada e sozinha sem nunca se dar conta que aquela atitude a prejudicava no meio em que vivia.
Como Cecília há várias pessoas assim no mundo, pessoas que adquirem hábitos que as afastam de seus familiares, amigos, colegas de trabalho, etc e se você as perguntar o motivo pelo qual praticam esses hábitos, elas não sabem responder. O cabelo de Cecília já era naturalmente cacheado, não havia a necessidade de remodelar um a um dos seus cachos, mas ela o fazia, simplesmente porque queria, sem levar em conta a disposição de suas amigas; ela podia começar o ritual uma hora antes ou refazer os cachos mais rapidamente, mas não o fazia e as amigas acabavam chateando-se com a longa espera e o consequente atraso.
O executivo de vendas que marca uma reunião no cliente e chega atrasado está enviando uma mensagem subliminar ao cliente: "Sinceramente não me importo com você"; o namorado que faz a namorada aguardar horas está passando a mesma mensagem: "Sinceramente não me importo com você"; o professor que se atrasa para o início da aula: "Sinceramente, não me importo com você" 
Esse hábito da falta de compromisso com horários e pessoas não faz parte do mundo conectado em que vivemos, tudo está muito rápido e ninguem quer esperar por uma pessoa desconectada da realidade.
O atraso é perfeitamente tolerável, mas quando isso se torna um hábito, NÃO .



imagem encontrada em: http://nostromondocidadania.com.br/2015/08/14/o-atraso-nosso-de-cada-dia/